Estreias no Cinema: “Mädchen, Mädchen!” e o retorno dos dinossauros em “Jurassic World – A Ressurreição”

Uma nova era para os dinossauros no cinema

Cinco anos após os eventos em Isla Nublar, humanos e dinossauros tentam coexistir em um equilíbrio frágil. No entanto, mudanças climáticas e ambientais severas estão empurrando essas criaturas pré-históricas para regiões equatoriais isoladas. Em meio a esse cenário, um grupo de especialistas embarca em uma missão secreta em uma ilha remota com o objetivo de coletar material genético dos maiores dinossauros já existentes – terrestres, aquáticos e aéreos. Essa coleta é essencial para o desenvolvimento de um medicamento revolucionário, capaz de curar doenças cardiovasculares. Mas a missão toma rumos inesperados, e o que era para ser um avanço científico se transforma em um verdadeiro pesadelo.

Dinossauros mais talentosos que Scarlett Johansson?

Durante cinco anos, os dinossauros ficaram fora das telas. O universo criado por Steven Spielberg e Michael Crichton parecia ter sido deixado para trás. Agora, “Jurassic World – A Ressurreição”, o sétimo filme da franquia, traz esses gigantes de volta com visual e efeitos ainda mais impressionantes. No entanto, um investimento de US$ 20 milhões que não rendeu os resultados esperados lança dúvidas sobre a nova aposta.

Sob a ótica de um cardiologista, ir ao cinema pode ser perigoso. Pessoas passam horas sentadas, consumindo alimentos gordurosos e bebidas pouco saudáveis, enquanto seus corações são submetidos a sustos repentinos causados por dinossauros surgindo do nada em meio a trilhas sonoras ensurdecedoras. Desde o primeiro “Jurassic Park”, cenas assim já provocaram sustos monumentais em plateias ao redor do mundo.

Ironias à parte, o roteiro desta nova produção poderia ser visto quase como um pedido de desculpas: um gigante farmacêutico quer criar um remédio definitivo para doenças cardíacas, utilizando o DNA dos dinossauros com os maiores corações. Uma espécie de redenção científica que, se funcionasse, aposentaria cardiologistas e faliria fabricantes de desfibriladores.

Um legado bilionário que insiste em continuar

A franquia “Jurassic” já arrecadou cerca de US$ 6 bilhões em seis filmes e se eternizou na cultura pop, muito além das telonas, com brinquedos, roupas e jogos. No entanto, após “Jurassic World: Domínio”, lançado em 2020, a narrativa parecia ter chegado ao fim, com a ideia de dinossauros vivendo entre humanos sendo considerada esgotada — tão fossilizada quanto o DNA de um arqueoptérix bávaro.

Mas mesmo com críticas negativas, “Domínio” faturou mais de US$ 1 bilhão mundialmente. E para a indústria cinematográfica, especialmente em tempos de crise, isso é uma receita impossível de ignorar. Por isso, “Jurassic World – A Ressurreição” vem como uma tentativa de reanimação da franquia — um novo sopro de vida, com Steven Spielberg de volta como produtor.

Comédia juvenil em “Mädchen, Mädchen!”

Enquanto os dinossauros dominam o lado épico das estreias, “Mädchen, Mädchen!” aposta em um tom bem mais leve. A comédia alemã acompanha três melhores amigas em busca de um objetivo comum: alcançar o primeiro orgasmo. Inken, cheia de atitude, tenta imitar a rival Cheyenne, esperando com ansiedade o momento com seu namorado. Lena, mais tímida, finalmente decide se declarar para o garoto de quem gosta, enquanto Vicky, em sua jornada, acaba enfrentando um contratempo inusitado – uma infecção vaginal.

Com humor provocativo e temáticas adolescentes, o filme trata com leveza as descobertas e inseguranças da juventude, contrastando fortemente com o espetáculo grandioso de “Jurassic World”.